quarta-feira, 21 de maio de 2008

Agusta Westland interessada em instalar centro de manutenção de helicópteros em Portugal

A multinacional aeronáutica AgustaWestland, fabricante dos helicópteros EH-101 Merlin da Força Aérea Portuguesa, está interessada em instalar um centro de manutenção no aeroporto de Beja, disseram hoje fontes do município e da empresa responsável pela infra-estrutura alentejana.

O consórcio anglo-italiano "está interessado em instalar um centro de manutenção de helicópteros no aeroporto de Beja e já reuniu várias vezes connosco para sondar as condições", disse à agência Lusa o presidente da Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja (EDAB), José Queirós. O responsável frisou que "a EDAB está disponível para acolher o projecto" e escusou-se a avançar mais pormenores sobre as intenções da AgustaWestland, limitando-se a referir que "está em aberto a continuação dos contactos".

Além da EDAB, consultores da AgustaWestland também reuniram com o presidente da Câmara Municipal de Beja, Francisco Santos. Segundo o autarca, a AgustaWestland "anda à procura de um sítio em Portugal para instalar um centro de manutenção de helicópteros", que poderá criar "entre 50 a 60 postos de trabalho especializados". "A empresa está interessada em instalar o centro no aeroporto de Beja, mas há pressões para que o projecto vá para Alverca", disse Francisco Santos, apelando ao Governo para "criar as condições necessárias" para a AgustaWestland instalar o centro de manutenção de helicópteros em Beja.

"A viabilidade do aeroporto de Beja, em grande parte, depende de projectos aeronáuticos deste género", frisou o autarca, garantindo que "a câmara vai fazer tudo o que estiver ao seu alcance" para que o centro de manutenção da AgustaWestland seja instalado na cidade. Na reunião com o município, precisou Francisco Santos, os consultores da AgustaWestland abordaram ainda "a hipótese de uma eventual cedência de terrenos para a construção de casas para os técnicos da empresa que poderão vir para Beja" e "pediram informações sobre a cidade", como as relacionadas com a prestação de cuidados de saúde e ofertas de educação.

As obras da primeira empreitada de construção do aeroporto de Beja, previstas durar até ao último mês de Abril, "deverão terminar durante a primeira quinzena de Junho", devido a "um problema operacional" que provocou um "ligeiro atraso" nas obras, justificou José Queirós. Orçada em 10 milhões de euros, a primeira empreitada inclui a construção da placa de estacionamento, das áreas operacionais e das estradas de ligação às pistas da Base Aérea nº 11 (BA11). A segunda empreitada, orçada em 10,1 milhões de euros e que inclui a construção dos terminais (um de passageiros e outro de carga) e dos edifícios (serviços, bombeiros, material de placa e portaria), poderá arrancar "no início do segundo semestre", estimou o responsável.

A entrada em funcionamento do aeroporto estava prevista para o final do ano, mas José Queirós prefere não indicar prazos, referindo que "depende do prazo apresentado pela empresa a quem for adjudicada a segunda empreitada". Além dos passageiros, o transporte de carga e a distribuição aérea de produtos destinados à Europa são outros dos objectivos da plataforma aeroportuária alentejana, assim como a aposta na indústria aeronáutica "como motor de desenvolvimento da região".(Fonte:Lusa)

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