TÁGIDE 2008 - Exercício de combate à poluição

Decorreu nos dias 28 e 29 de Maio o exercício de combate à poluição do mar TÁGIDE (2008) na modalidade de "desktop exercise", conjunto entre o Sistema de Autoridade Marítima e a empresa ARAMCO Overseas Company (AOC), da Arábia Saudita, com a coordenação da empresa britânica Oil Spill Response Limited-East Ásia Response Limited (OSRL/EARL).

O exercício TÁGIDE baseou-se na simulação de uma explosão de um navio-tanque da empresa AOC, carregado, a cerca de 25 milhas a noroeste do Cabo da Roca, da qual resultou um derrame de mais de 5.000 metros cúbicos de "crude" do tipo "Arabian Light" para o mar, produzindo uma maré negra que acabou por "atingir" a costa entre o Guincho e as praias da Costa de Caparica. Na sequência do alerta, e da constatação que o acidente teria impacto regional, o Chefe do Departamento Marítimo do Centro activou o Plano Mar Limpo no segundo grau de prontidão, tendo-lhe sido atribuído apoio em pessoal e material de combate à poluição pelo Director-Geral da Autoridade Marítima. Foi activado na Capitania do Porto de Lisboa um Centro de Crise para o efeito, do qual foram dirigidas as operações simuladas de combate à poluição, com total cooperação do armador, que instalou logo após o alarme um centro de crise num hotel de Lisboa, onde também ficou sedeada a actuação da empresa OSRL/EARL, com a qual a Direcção-Geral da Autoridade Marítima tinha previamente acordado o cenário global da situação a simular.

Em causa no exercício TÁGIDE, estiveram, sobretudo, o exercício das competências de direcção e coordenação dos órgãos da Direcção-Geral da Autoridade Marítima, a coordenação destes com o navio e o armador, as comunicações e o planeamento das operações.

O exercício TÁGIDE permitiu, no âmbito das operações de combate à poluição do mar, melhorar o adestramento do pessoal da Direcção-Geral da Autoridade Marítima e os processos de decisão, o conhecimento e a relação com um dos operadores cujos navios cruzam as águas sob jurisdição de Portugal, os procedimentos de comunicações e também identificar aspectos a melhorar no futuro. Fonte: Marinha de Guerra Portuguesa